Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
- Minha Mãe! -
Nas horas caladas das noites d’estio
Sentado sozinho co’a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava
- “Oh filho querido do meu coração!” -
- Minha Mãe! -
No berço, pendente dos ramos floridos
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Cantando cantigas alegre embalava?
- Minha Mãe! -
De noite, alta noite, quando eu já dormia
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
- Minha Mãe! -
Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna de noite e de dia
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
- Uma Mãe! -
Por isso eu agora na terra do exílio,
Sentado sozinho co’a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
- “Oh filho querido do meu coração!” -
- Minha Mãe! -
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
- Minha Mãe! -
Nas horas caladas das noites d’estio
Sentado sozinho co’a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava
- “Oh filho querido do meu coração!” -
- Minha Mãe! -
No berço, pendente dos ramos floridos
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Cantando cantigas alegre embalava?
- Minha Mãe! -
De noite, alta noite, quando eu já dormia
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
- Minha Mãe! -
Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna de noite e de dia
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
- Uma Mãe! -
Por isso eu agora na terra do exílio,
Sentado sozinho co’a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
- “Oh filho querido do meu coração!” -
- Minha Mãe! -
-Casimiro de Abreu -
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