A Arte e a Filosofia do Bonsai é criação única e exclusiva da Natureza. Antes dos primeiros observadores humanos, a Natureza vem recheando nossos caminhos
de belíssimas árvores miniaturizadas.
No Extremo Oriente, por razões filosóficas e religiosas, há maior contemplação do Mundo que nos cerca e maior meditação sobre os fenômenos naturais, por menores que sejam. Logicamente, teriam que ser monges budistas os primeiros a transportar para a habilidade humana,
essa Arte tão fascinante.
Parece-nos irrelevante, neste contexto, discutir quem primeiro fez esta transposição. Chineses e Japoneses devem ter chegado quase juntos na apreciação e execução da Arte. Embora raramente mencionados, os Coreanos também são precursores nesta transposição. Ao nosso ver, os Japoneses merecem o nosso reconhecimento por terem aberto ao mundo ocidental
as técnicas da Arte (...).
Ou seja, fizeram com que enxergássemos aquilo que diariamente não vemos,
embora exemplares existam em abundância. (...)
Pela sistematização da Arte do Bonsai por povos orientais, ela traz consigo conotações das filosofias religiosas praticadas, há muito tempos, naquelas regiões.
Assim, surge, por exemplo, o conceito "Bonsai-do" A palavra do (pronuncia-se dô), em japonês e chinês significa direção, caminho, trajeto, como primeira acepção. A palavra é associada, ainda, a karate-do, ju-do, Aiki-do.Assim "Bonsai-do" significaria, ao pé da letra, direção, trajeto do Bonsai. Mas sua interpretação é mais profunda. Significa caminho para o interior do "EU", pela Arte do Bonsai, ou seja, circunspecção através da concentração mental ao se trabalhar um Bonsai.
O Bonsai é, na realidade, a única Arte com quatro dimensões, comprimento, largura, altura e a própria Vida. Alguns colocam o Tempo como a quarta dimensão, uma vez que os Bonsais variam com ele. Todavia, o conceito de Tempo apenas tem significado quando há Vida. No livro "A vida secreta das plantas", de Peter Tompkins e Christopher Bird, experiências científicas mostram que as plantas reagem muito bem na presença de pessoas que normalmente cuidam delas e falam com elas, e muito mal com as que as maltratam, ou abusam delas sem razão de ser. Diz o livro que plantas, não lenhosas e, portanto flexíveis, chegam a direcionar seus ramos para as pessoas consideradas boas e a afastá-los das ruins. Tenho exemplares, que eu podo, utilizando práticas naturais (mas que, no sentido estrito da palavra, corto), que me propiciam beleza, flores e frutos, há mais de trinta anos.
(...) podemos dizer que "Bonsai-do" é uma terapia mental que praticamos através da Arte.
Durante muito tempo, a Arte do Bonsai era praticada pelos Samurais, para amenizar o lado guerreiro, feroz, do seu ofício. Hoje, no Japão, o currículo dos policiais inclui alguma prática de Jardinagem, também por esse motivo. A concentração exigida pelo trabalho consciente com um Bonsai afasta, por um tempo, suas preocupações com outros problemas, que, muitas das vezes, se resolverão naturalmente com o seu trabalho e seu cuidado, sem angústia, porém. Inúmeras vezes, ao final de uma sessão de trabalho com Bonsais, afloraram à minha mente soluções para outros problemas, geradas pelo meu Subconsciente, enquanto o Consciente estava ocupado.
A Arte do Bonsai, como a Arte da Marcenaria (novamente as árvores), que exigem concentração no que vai ser feito, medição repetida do que pretendemos fazer e o uso das mãos conjugadas a um planejamento cerebral, pode se constituir uma alternativa de terapia ocupacional.
Se cortarmos errada uma táboa de madeira, ou indevidamente um galho do seu Bonsai, somente através de artifícios grosseiros poderemos reaproveitá-los.
Outro termo ligado à Arte do Bonsai é "Chizen ou Shizen". Significa harmonioso, natural.
As artes orientais transmitem harmonia, naturalidade.
O Bonsai e o Ike-bana são exemplos. A primeira trata de vegetais vivos, com raízes, a segunda de partes cortadas de vegetais, sem raízes. Ambas devem transmitir a sensação de harmonia, de equilíbrio e de naturalidade com o seu ambiente.
(...)Para tratarmos nossas arvoretas visando tal harmonia, temos que estar harmônicos conosco. Antes de iniciar algum trabalho de Bonsai, procure a tranqüilidade, respire pausadamente e afaste outros pensamentos. Concentre-se no que vai fazer.
A busca da harmonia interna é outro aspecto de terapia desta Arte Milenar.
Lembre-se de que algo vivo precisa e depende do seus cuidados e do seu carinho.
É comum, no Japão, dizer-se que um Bonsai é iniciado por alguém, cujo filho continuará o treinamento, para ser apreciado pelo neto. Se conseguirmos que nossos filhos e netos amem essa Arte e sejam hábeis no seu treinamento e apreciação, estaremos sempre perpetuados na memória deles. Seremos imortais, à medida que nossos Bonsais sejam apreciados ou cuidados por terceiros, com a lembrança de quem o iniciou.
Façamos o máximo, para que tais lembranças sejam boas.
Em resumo, o respeito pela Vida, a paciência em esperar que seus Bonsais respondam aos seus cuidados, a concentração quando for cuidar de cada um deles, a busca da harmonia interna através do contato com Bonsais, trarão a você, sem dúvida, melhores condições de paz interior, consigo mesmo e com seus semelhantes.
Entendemos que profissionais devidamente habilitados para tal fim, podem e devem sistematizar um programa de terapia ocupacional com o auxílio da Arte do Bonsai,
para a recuperação de pacientes.
Os conceitos de Vida, Harmonia, Equilíbrio, Beleza e Naturalidade formam a essência de um trabalho desse tipo.
Assim, surge, por exemplo, o conceito "Bonsai-do" A palavra do (pronuncia-se dô), em japonês e chinês significa direção, caminho, trajeto, como primeira acepção. A palavra é associada, ainda, a karate-do, ju-do, Aiki-do.Assim "Bonsai-do" significaria, ao pé da letra, direção, trajeto do Bonsai. Mas sua interpretação é mais profunda. Significa caminho para o interior do "EU", pela Arte do Bonsai, ou seja, circunspecção através da concentração mental ao se trabalhar um Bonsai.
O Bonsai é, na realidade, a única Arte com quatro dimensões, comprimento, largura, altura e a própria Vida. Alguns colocam o Tempo como a quarta dimensão, uma vez que os Bonsais variam com ele. Todavia, o conceito de Tempo apenas tem significado quando há Vida. No livro "A vida secreta das plantas", de Peter Tompkins e Christopher Bird, experiências científicas mostram que as plantas reagem muito bem na presença de pessoas que normalmente cuidam delas e falam com elas, e muito mal com as que as maltratam, ou abusam delas sem razão de ser. Diz o livro que plantas, não lenhosas e, portanto flexíveis, chegam a direcionar seus ramos para as pessoas consideradas boas e a afastá-los das ruins. Tenho exemplares, que eu podo, utilizando práticas naturais (mas que, no sentido estrito da palavra, corto), que me propiciam beleza, flores e frutos, há mais de trinta anos.
(...) podemos dizer que "Bonsai-do" é uma terapia mental que praticamos através da Arte.
Durante muito tempo, a Arte do Bonsai era praticada pelos Samurais, para amenizar o lado guerreiro, feroz, do seu ofício. Hoje, no Japão, o currículo dos policiais inclui alguma prática de Jardinagem, também por esse motivo. A concentração exigida pelo trabalho consciente com um Bonsai afasta, por um tempo, suas preocupações com outros problemas, que, muitas das vezes, se resolverão naturalmente com o seu trabalho e seu cuidado, sem angústia, porém. Inúmeras vezes, ao final de uma sessão de trabalho com Bonsais, afloraram à minha mente soluções para outros problemas, geradas pelo meu Subconsciente, enquanto o Consciente estava ocupado.
A Arte do Bonsai, como a Arte da Marcenaria (novamente as árvores), que exigem concentração no que vai ser feito, medição repetida do que pretendemos fazer e o uso das mãos conjugadas a um planejamento cerebral, pode se constituir uma alternativa de terapia ocupacional.
Se cortarmos errada uma táboa de madeira, ou indevidamente um galho do seu Bonsai, somente através de artifícios grosseiros poderemos reaproveitá-los.
Outro termo ligado à Arte do Bonsai é "Chizen ou Shizen". Significa harmonioso, natural.
As artes orientais transmitem harmonia, naturalidade.
O Bonsai e o Ike-bana são exemplos. A primeira trata de vegetais vivos, com raízes, a segunda de partes cortadas de vegetais, sem raízes. Ambas devem transmitir a sensação de harmonia, de equilíbrio e de naturalidade com o seu ambiente.
(...)Para tratarmos nossas arvoretas visando tal harmonia, temos que estar harmônicos conosco. Antes de iniciar algum trabalho de Bonsai, procure a tranqüilidade, respire pausadamente e afaste outros pensamentos. Concentre-se no que vai fazer.
A busca da harmonia interna é outro aspecto de terapia desta Arte Milenar.
Lembre-se de que algo vivo precisa e depende do seus cuidados e do seu carinho.
É comum, no Japão, dizer-se que um Bonsai é iniciado por alguém, cujo filho continuará o treinamento, para ser apreciado pelo neto. Se conseguirmos que nossos filhos e netos amem essa Arte e sejam hábeis no seu treinamento e apreciação, estaremos sempre perpetuados na memória deles. Seremos imortais, à medida que nossos Bonsais sejam apreciados ou cuidados por terceiros, com a lembrança de quem o iniciou.
Façamos o máximo, para que tais lembranças sejam boas.
Em resumo, o respeito pela Vida, a paciência em esperar que seus Bonsais respondam aos seus cuidados, a concentração quando for cuidar de cada um deles, a busca da harmonia interna através do contato com Bonsais, trarão a você, sem dúvida, melhores condições de paz interior, consigo mesmo e com seus semelhantes.
Entendemos que profissionais devidamente habilitados para tal fim, podem e devem sistematizar um programa de terapia ocupacional com o auxílio da Arte do Bonsai,
para a recuperação de pacientes.
Os conceitos de Vida, Harmonia, Equilíbrio, Beleza e Naturalidade formam a essência de um trabalho desse tipo.
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