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Uma pessoa do bem que, apesar dos erros e acertos, ainda quer dar o melhor de si. Somos passíveis de errar mas, perssigo um ideal sincero: o de poder, a cada momento, aprimorar um pouco mais a essência de minh'alma Tento fazer e dar o melhor de mim a cada oportunidade que a vida oferece...Assim, acredito que, por menor que seja cada contribuição para com meus próximos, para com a humanidade e para com o planeta, sentir-me-ei cada vez mais feliz. Sou membro e discípula da Nova Acróple - Filial Belém - no curso de Filosofia À Maneira Clássica,uma das fontes para minha realização,harmonia e felicidade dentro deste maravilhoso UNIVERSO.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Magia do Origami

Transformar uma simples folha de papel numa flor, num animal, num balão ou em qualquer outro objeto tridimensional, é fazer um origami, a milenar arte oriental da dobragem. Contudo, isto não é somente um trabalho manual porque, além da beleza e da magia que encerra, traz na sua essência uma filosofia de vida. De fato, quem ensina a fazer origami explica que a primeira dobra do papel deve ser muito bem feita, para que aquele possa ficar em pé. E também a vida é assim. Se não se tem uma estrutura de base com princípios e valores, não há a possibilidade de se pôr em pé. A palavra japonesa advém de doori (dobrar) e kami (papel). Ao juntar as duas a pronúncia fica origami.
Enquanto as folhas se transformam em objetos, as pessoas, sobretudo as crianças, apreendem a filosofia de vida subjacente ao origami e a necessidade de orimetadashitô, que significa «dobrar corretamente».
A alegria de trabalhar corretamente o papel, de sentir que algo de muito perfeito vai sair daquele pedaço de folha, que já se aprendeu a respeitar, explica-se pela mentalidade oriental em que tudo é respeitado e aproveitado. Não há desperdícios. Aliás, um ditado popular japonês diz que «não se pode desperdiçar nem uma folha de papel».
Mas isto advém também da importância do próprio papel na cultura nipônica. De fato, este na época da sua invenção, há cerca de 2.000 anos, era uma preciosidade e as primeiras dobragens eram para oferecer aos deuses.
Os historiadores explicam que na era Kodai, antes da era medieval japonesa, o Estado e a religião eram unos e o origami era empregado em ocasiões como coroações e casamentos.
A arte tornou-se mais popular na era Heian (794 a 1192) e atingiu seu auge no período Muromachi (1338-1392) quando foram criados cerca de 70 tipos de dobragens.
Contudo, foi já em 1868, na era Meiji, que o origami passou a fazer parte das disciplinas curriculares das crianças japonesas. Quando começaram a surgir os papéis coloridos, na era Taisho (1912 a 1926) é que se difundiu ainda mais esta arte, tendo já objetivos recreativos e educativos.
Mas não foram apenas os Japoneses a dobrar o papel. Também os mouros do Norte de África trouxeram a dobragem do papel para Espanha, na sequência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião os proibia de criar formas animais. Da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul e, com as rotas comerciais marítimas, o origami entrou na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.
Uma história
O tsuru simboliza paz, sorte e longevidade. Fazer mil origamis de tsuru, o chamado semba tsuru, significa um desejo a ser realizado: a recuperação de um doente, a felicidade do casamento, a obtenção de um emprego. Por causa desta crença, quando pretendem conseguir um objetivo, os japoneses costumam fazer semba tsuru e no fim dos mil tsurus, o desejo deve ser realizado.
Uma das histórias mais famosas de semba tsuru passou-se em Hiroshima, em 1945. Sadako Sasaki tinha 2 anos quando os americanos lançaram sobre a cidade a primeira bomba atômica. Sadako, que se encontrava a dois quilômetros do local da explosão, nada sofreu.
Até os 12 anos Sadako Sasaki era uma menina alegre e normal. Frequentava uma escola do bairro e das coisas que mais gostava de fazer era correr. Um dia, depois de uma corrida teve uma tontura e sentiu-se mal.
O seu estado de saúde foi piorando até se descobrir que tinha uma leucemia, a doença então conhecida como sendo da bomba atómica já que muitas pessoas contraíram cancro na sequência dos bombardeamentos em Hiroshima e Nagasaki.
A menina ficou muito assustada e Chizuco, a sua melhor amiga, foi visitá-la no hospital. Levou-lhe um papel, com o qual fez uma dobragem tsuru e contou a Sadako uma lenda: «o grou, ave sagrada no Japão, vive mil anos. Se uma pessoa dobra mil grous de papel, fica curada».
Sadako deitou mãos ao trabalho e, apesar das dificuldades inerentes à leucemia que cada vez a enfraquecia mais, não desistia. Todos acompanhavam a sua força de vontade até que, em 25 de Outubro de 1955 fez o último grou e morreu.
Os amigos decidiram, então, criar um clube e juntar dinheiro para construir um monumento em memória de Sadako e de todas as outras crianças vítimas de leucemia. Alunos de 3.100 escolas japonesas e de mais nove países fizeram doações. Em 5 de Maio de 1958 mandaram erigir o Monumento das Crianças à Paz, que foi colocado no Parque da Paz, no centro de Hiroshima, exatamente onde tinha caído a bomba.







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