Tento equilibrar-me
de dentro de mim:
sou curto demais
pra este corpanzil.
Grosseira matéria
a fazer de cárcere
eu, tão delicado
e, talvez, poeta.
Fraqueza ou capricho,
às vezes, ensaio
esta tola cabeça
pra vãos pensamentos.
Mas, logo refugo.
Sinto repelões.
Um frio na espinha
me dá de repente.
Eu rezo pra santa
e desenho a cruz
com dois dedos trêmulos
em cima do rosto
vontade não falta
num dia soturno
se o pudor deixar
(se o medo deixar)
tomar de uma vez
as rédeas da vida,
atirar-me ao mar
ou num precipício,
quem sabe, cortar
estes pulsos magros,
engolir cicuta
ou então racumim...
Ai, Deus, te suplico,
nessa noite extrema,
grite FIAT LUX
e, enfim, amanheça.
de dentro de mim:
sou curto demais
pra este corpanzil.
Grosseira matéria
a fazer de cárcere
eu, tão delicado
e, talvez, poeta.
Fraqueza ou capricho,
às vezes, ensaio
esta tola cabeça
pra vãos pensamentos.
Mas, logo refugo.
Sinto repelões.
Um frio na espinha
me dá de repente.
Eu rezo pra santa
e desenho a cruz
com dois dedos trêmulos
em cima do rosto
vontade não falta
num dia soturno
se o pudor deixar
(se o medo deixar)
tomar de uma vez
as rédeas da vida,
atirar-me ao mar
ou num precipício,
quem sabe, cortar
estes pulsos magros,
engolir cicuta
ou então racumim...
Ai, Deus, te suplico,
nessa noite extrema,
grite FIAT LUX
e, enfim, amanheça.
- Poesia do meu querido amigo e poeta Falcon -
- Do blog "Dicionário do Mundo" -
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