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Uma pessoa do bem que, apesar dos erros e acertos, ainda quer dar o melhor de si. Somos passíveis de errar mas, perssigo um ideal sincero: o de poder, a cada momento, aprimorar um pouco mais a essência de minh'alma Tento fazer e dar o melhor de mim a cada oportunidade que a vida oferece...Assim, acredito que, por menor que seja cada contribuição para com meus próximos, para com a humanidade e para com o planeta, sentir-me-ei cada vez mais feliz. Sou membro e discípula da Nova Acróple - Filial Belém - no curso de Filosofia À Maneira Clássica,uma das fontes para minha realização,harmonia e felicidade dentro deste maravilhoso UNIVERSO.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


Nome e Fama



Na idade madura, Jamyang Khyentse Wangpo resolveu nunca mais sair de seu quarto. Ele iria permanecer seus restantes quarenta anos meditando e rezando em retiro. "Jamais cruzarei a porta dessa casa," ele disse.

Depois de tomar este voto, Khyentse deu os sapatos a seus criados. Eles foram deixados num rio próximo.

Uma manhã, alguns anos depois, o clarividente Mestre Manjusri inesperadamente instruiu seus criados a receber quem quer que quisesse visitá-lo.

Mais tarde naquele dia, um vagabundo anônimo apareceu. Ele foi direto para a ala pessoal de Khyentse Rinpoche e largou sua surrada mochila feita a mão no canto da cozinha. "Vim ver Ngédon. Onde está Ngédon?" ele perguntou.

Os servos imediatamente ofenderam-se. Esqueceram-se completamente das instruções do mestre. Quem era esse vagabundo maltrapilho para insultar seu glorioso mestre chamando-o pelo seu nome de família, Ngédon?

Ordenaram que o mendigo se fosse. "O mestre está em meditação profunda," disseram ao mendigo. "Talvez outra hora!"

O mendigo falou bruscamente, "Ele realmente é tão importante agora! Quando éramos jovens eu dividia meu queijo com ele, e agora nem consigo passar por seus criados! Não tenho tempo a perder." E começou a partir.

Repentinamente os servos lembraram das instruções incomuns. Apressadamente, perguntaram o nome do mendigo. O impaciente Patrul, já de saída, gritou, "Orgyen" — o nome de Padma Sambhava (bem como seu próprio) — sobre seu ombro e desapareceu nas colinas.

Naquela noite, Khyentse Rinpoche perguntou se alguém havia aparecido para visitá-lo. Um criado respondeu, "Só um velho vagabundo enjoado, que insultou seu nome. Ele grandiosamente chamou a si próprio Orgyen e não quis esperar."
"O que?!" exclamou Khyentse Rinpoche. "Não o deixaram entrar? Aquele era meu irmão do Darma Patrul Rinpoche, Orgyen Chokyi Wangpo. Encontrem-no e tragam-no aqui."
Os criados humilhados finalmente, depois de uma longa e cansativa busca, encontraram Patrul acampado na floresta bem longe do vale. Prostrando-se, eles muito se desculparam e convidaram-no para ser o convidado de honra de seu venerável mestre. Gargalhando, Patrul respondeu que estava ocupado demais meditando para atender convites sociais.

Aquele foi o ultimo contato direto entre os lendários parceiros. Apesar disso, um sempre sabia das atividades do outro, e frequentemente presenteavam seus discípulos com histórias e piadas a respeito um do outro.

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