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Uma pessoa do bem que, apesar dos erros e acertos, ainda quer dar o melhor de si. Somos passíveis de errar mas, perssigo um ideal sincero: o de poder, a cada momento, aprimorar um pouco mais a essência de minh'alma Tento fazer e dar o melhor de mim a cada oportunidade que a vida oferece...Assim, acredito que, por menor que seja cada contribuição para com meus próximos, para com a humanidade e para com o planeta, sentir-me-ei cada vez mais feliz. Sou membro e discípula da Nova Acróple - Filial Belém - no curso de Filosofia À Maneira Clássica,uma das fontes para minha realização,harmonia e felicidade dentro deste maravilhoso UNIVERSO.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os Sete Tipo De Pessoas


    O Buda disse: “Bem falado, bem falado, oh bom homem! Ao longo do Ganges vivem sete tipos de pessoas. Eles temem os ladrões porque estão se banhando. Ou o caso pode ser como com aqueles que entram no rio para apanhar flores. A primeira pessoa afogou-se conforme entrou nas águas. A segunda pessoa afunda em meio às águas, mas vem acima e afunda novamente nas águas. Por quê? Porque seu corpo é poderoso e forte, e ela é capaz de subir. Mas, aquele que não tem aprendizado para flutuar vem acima e então afunda novamente. O terceiro (tipo) vem acima após afundar. Emergindo, ela não afunda novamente. Por que não? Em razão do seu corpo ser pesado, então ela afunda, mas como o seu poder é grande, ela vem acima. Tendo aprendido a flutuar, ela permanece acima. A quarta pessoa, ao mergulhar nas águas, vem acima novamente. Ao emergir, ela olha ao redor. Por quê? Como ela é pesada, ela afunda, mas como tem grande poder, ela vem acima; como aprendeu a flutuar, ela permanece acima; não sabendo por onde sair, ela olha ao redor. A quinta pessoa, ao entrar nas águas, afunda, e ao afundar, emerge. Ao emergir, ela olha ao redor; ao olhar ao redor, ela se vai. Por quê? Porque ela tem medo. A sexta pessoa entra nas águas, vem acima, e fica em águas rasas. Por quê? Porque ela vê os ladrões que estão próximos e [também] distantes. A sétima pessoa já está de pé na outra margem e encontra-se sobre uma grande montanha. Ela nada teme; fora do alcance dos ladrões, ela está abençoada com grande felicidade.”
"Oh bom homem! É a mesma situação com o grande rio do nascimento e da morte, também. Estes são os sete tipos de pessoas:”
Primeiro Tipo de Pessoas:
“Como eles temem os ladrões das impurezas, eles compõem seus pensamentos e desejam atravessar o grande rio do nascimento e da morte. Eles abandonam seus lares, raspam suas cabeças, e vestem robes sacerdotais. Tendo renunciado seus lares, associam-se com maus amigos, seguem seus ensinamentos, e dão ouvido às suas doutrinas, as quais estabelecem: ‘O corpo humano constitui os cinco skandhas. Os cinco skandhas nada mais são que os cinco grandes elementos. Quando uma pessoa morre, ela acaba com os cinco grandes elementos. Quando ele rompe com os cinco elementos, por que ele ainda necessita praticar o bem ou o mal? Em razão disto, deve-se saber que não pode haver retribuição cármica do bem ou do mal’. Essa pessoa é um icchantika. Ela está desenraizada do bem e do mal. Desenraizada do bem, ela afunda nas águas do nascimento e da morte e é incapaz de sair. Por quê? Em razão do grande peso das más ações, e por ela não possuir o poder da fé. Ela é como a primeira daquelas pessoas às margens do Rio Ganges.”
 "A segunda pessoa aspira atravessar o grande rio do nascimento e da morte, mas, desprovida do bem acumulado, afunda e é incapaz de sair. Falamos de ‘sair – vir à tona’. Isto diz respeito ao Bom Mestre da Via, através do qual se ganha fé. Por fé entende-se acreditar que dana [doação] evoca a fruição do dana, que qualquer ação que possa ser chamada boa acarreta a fruição do bem, e a ação do mal (evoca) o que é do mal; é acreditar no sofrimento do nascimento e da morte, e acreditar na impermanência e desintegração. Isto é fé. Ao adquirir a fé, a pessoa pratica os puros preceitos, protege, recita, copia e expõe (os sutras). Ela sempre faz doações e pratica bem a Sabedoria. Se for estúpida, a pessoa encontra um mau amigo. Ela é incapaz de aprender como praticar os preceitos do corpo e a Sabedoria da mente. Ela dará ouvido aos maus ensinamentos. Ou pode acontecer de ser visitada por um mau período de tempo e nascer num mau lugar (país), e ser desenraizada das boas ações. Desenraizada da benevolência, ela sempre afunda no nascimento e na morte. Seu caso é como aquele da segunda pessoa às margens do Rio Ganges.”
 “A Terceira pessoa pretende atravessar o grande rio do nascimento e da morte. Desprovida do bem, ela afunda em meio às águas. A sua aproximação a um Bom Mestre da Via é sua salvação. O Tathagata é o Pleno-Conhecedor. Ele é Eterno e Imutável. Para o benefício dos seres, ele fala sobre a Via Insuperável. Todos os seres possuem a Natureza de Buda. O Tathagata não entra em extinção. É o mesmo com o Dharma e a Sangha, também. Não há extinção. Não tendo acabado com a sua qualidade inata, o icchantika não pode atingir a Iluminação Insuperável. Ele necessita muito acabar com ela (sua qualidade inata), e então ele a atingirá (a Iluminação). Assim, ele acredita. Através da fé, ele pratica os puros preceitos. Ao praticar os puros preceitos, ele protege, recita, copia e expõe os 12 tipos de sutras e fala deles extensivamente para o benefício dos seres. Ele se apraz em dar e praticar a Sabedoria. Nascido com a mente aguçada, ele persiste firmemente na fé e na Sabedoria, e não recua em sua determinação. Isto é como a situação da terceira pessoa às margens do Rio Ganges.”
“A quarta pessoa deseja atravessar o grande rio do nascimento e da morte. Desprovida do bem acumulado, ela afunda em meio às águas. Aproximando-se de um Bom Mestre da Via, ela adquire fé. Isto é vir à tona. Como ela adquire fé, ela protege, recita, copia e expõe, e para o benefício dos seres ela propaga amplamente o Dharma. Ela sente prazer em fazer doação e pratica a Sabedoria. Nascido com a mente aguçada, ela persevera firmemente na fé e na Sabedoria. Não há recuo em sua determinação, e ela olha nas quatro direções ao redor. As quatro direções significam as quatro fruições de um Shramana. Isto é como a quarta pessoa às margens do Rio Ganges.”
 “A quinta pessoa é alguém que aspira atravessar o grande rio do nascimento e da morte, mas sem bem acumulado, afunda em meio às águas. Associando-se a um Bom Mestre da Via, ela adquire fé. Isto é vir à tona. Com fé, ela protege, recita, copia, expõe os 12 tipos de sutras e fala expansivamente para o benefício dos seres. Ela sente prazer na doação, e pratica a Sabedoria. Nascida com a mente aguçada, ela persevera firmemente na fé e Sabedoria, e não há retroação em sua mente. Não retroagindo, ela avança. Avançar refere-se ao Pratyekabuda. Embora bom no que concerne à salvação de si próprio, isto não se estende aos outros. Isto é ir embora. Isto é como com a quinta pessoa às margens do Rio Ganges.”
 “A sexta pessoa aspira atravessar o grande rio do nascimento e da morte. Desprovida de bem acumulado, ela afunda em meio às águas. Aproximando-se de um Bom Mestre da Via, ela adquire fé. Adquirir fé é vir à tona. Devido à fé, ela protege, recita, copia e fala extensivamente a respeito (do Dharma) para o benefício dos seres. Ela sente prazer na doação e pratica a Sabedoria. Nascida com a mente aguçada, ela baseia-se firmemente na fé e na Sabedoria, e sua mente não retroage. Não retroagindo, ela prossegue e finalmente alcança águas rasas. Chegando às águas rasas, ela permanece lá e não se move. Dizemos que ela permanece. Isto significa que o Bodhisattva, com o objetivo de salvar todos os seres, reside lá e medita sobre as impurezas. Ele é como a sexta pessoa às margens do Rio Ganges.”

“A sétima pessoa aspira atravessar o grande rio do nascimento e da morte. Mas, sem bem acumulado até aqui, ela afunda em meio às águas. Encontrando-se com um Bom Mestre da Via, ela adquire fé. Este ganho de fé é o que chamamos ‘vir à tona’. Devido à fé, ela protege, recita, copia e expõe os 12 tipos de sutras, e para o benefício dos seres, ela fala extensivamente deles. Ela sente prazer na doação e pratica a Sabedoria. Nascida com a mente aguçada, ela persevera firmemente na fé e na Sabedoria, e não retroage na mente. Como ela não retroage, ela avança. Ao avançar, ela encontra a outra margem. Tendo conquistado as alturas de uma grande montanha, ela agora está apartada do medo e é abençoada com a mais pura paz. Oh bom homem! (Estar no topo da) grande montanha na outra margem pode ser comparado ao Tathagata, paz à Eternidade do Buda, e a grande e alta montanha é o Grande Nirvana.


Oh, bom homem! Todas essas pessoas às margens do Rio Ganges possuem mãos e pés, mas elas são difíceis de salvar. É o mesmo com todos os seres, também. Os Três Tesouros do Buda, Dharma e Sangha realmente existem, e o Tathagata sempre expõe o essencial de todas as leis (Dharma). Há o Nobre Caminho Óctuplo e o Mahaparinirvana. Todos os seres podem obter tudo isso. Isto (Nirvana) não é o que surge de mim, ou daqueles nobres caminhos, ou dos seres. Saiba que todas essas coisas retornam às impurezas. Por essa razão, todos os seres não podem alcançar o Nirvana.”
- Extraído de "Cristal Perfeito" -

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